O que buscamos afinal? Que buraco é esse que temos em nós que nunca está preenchido?
Quando meninas ainda, sonhamos e queremos ser mulher, passando o batom da mãe, usando salto alto, fingindo que beijamos príncipes no espelho.
Na adolescência sonhamos com a popularidade, com a beleza, com roupas, sonhamos em receber o correio elegante, sonhamos com o pedido de namoro daquele menino mais legal, e sonhamos com a independência em poder chegar em casa na hora que quiser e com quem quiser.
Aos 18 anos, sonhamos em passar no vestibular, qualquer um serve ou não, sonhamos com uma carro novo e em poder dirigir livremente, sonhamos em poder viajar sozinha, sem os pais e com a mala cheia de roupas novas, ou beber um porre, ir a festas, em transar por amor e por safadeza também.
Aí aos 20 e poucos muitas de nós que conseguiram passar ilesas pela adolescência, começam a sonhar com casamento, filhos, casa, carreira, roupas (sempre sonhamos com elas), emprego fixo, jornada de trabalho, empregadas, chefes, peso, cabelos, sapatos, saúde, doenças, amor.....
Aos 30 anos, começamos a duvidar: será que eu tô gorda? Sera que eu tô feliz? Será que eu devia ter casado? Será que eu devia ter me separado? Será que casei certo? Caso de novo? Será que quero mais filhos? Será que quero filhos? Paro de trabalhar? Volto a trabalhar? Mudo de emprego? Mudo de casa? Mudo de cidade/estado/país? Para onde eu vou agora? Meu Deus tonalizantes não cobre fios brancos!!!
Minha mãe me disse que esta é a voz da maturidade falando......
O lado ruim é que estes questionamentos não terminam. Não pararemos de nos questionar jamais! Não deixaremos de nos questionar e nem de nos sentir insatisfeitas. E minha mãe disse de novo que na cabeça dela essas mudanças diárias e constantes só podem ser coisas dos astros! Isso talvez explique por que o defeito do outro um dia te faz tão mal e no outro dia você ignora. Não meu bem você não é louca!
O fato é que nós vivemos como o equilibrador de pratos do circo, rodando as varinhas para nenhum prato cair, e ainda por cima queremos cabelos bonitos, pele de pêssego, cintura fina, barriga negativa, roupas novas, etc... como aos 15 anos! É a fase de saber que não somos a Angélica e não seremos jamais, até por que ela também tem os dias ruins com certeza, e de vez em quando também deve sentir vontade de sair distribuindo chineladas por aí.....
Nos cobramos demais. Sem dó nem piedade.
Não fomos feitas para relaxar e aceitar o que não pode ser mudado. Queremos mudar tudo, controlar tudo e todos, vivemos a cultura do tem-que-dar-certo para ser-mais-feliz. Chega!
Oremos por força para mudar o que podemos, amor para aceitar o que não podemos mudar, e discernimento para distinguir uma coisa da outra.
Paremos então de achar que a grama do vizinho é melhor, que o filho da outra é mais educado e come melhor, que o marido da outra ajuda mais e é fiel, que a outra emagrece com mais facilidade e não aparenta a idade, que a outra separada (ou a casada) é mais feliz e transa mais, que o emprego da outra é uma delícia e ela ganha mais do que merece.
Assim, poderemos amar mais o que temos e sermos felizes em saber que somos belas e felizes a nossa maneira e não seremos mesmo a capa da NOVA, porque na realidade a foto foi photoshopada e isso não é despeito!
O lado bom do questionamento (tem sim) é que conhecendo a nossa natureza, sabemos que não mudaremos, mas que podemos conviver com a nossa natureza e até evoluir nosso espirito, como pediu o Senhor, e lidando com ela podemos ter mais momentos felizes do que de depressão.
Saiba minha nova amiga, que a sua insatisfação plena e cotidiana não é uma benção sua, é de todas nós, é da natureza feminina, pois é a fonte de mudança e força pacificadora.
Feche os olhos para secar o choro, me dê a mão e sinta o meu abraço forte. Uma noite maravilhosa para todas nós!
O lado bom do questionamento (tem sim) é que conhecendo a nossa natureza, sabemos que não mudaremos, mas que podemos conviver com a nossa natureza e até evoluir nosso espirito, como pediu o Senhor, e lidando com ela podemos ter mais momentos felizes do que de depressão.
Saiba minha nova amiga, que a sua insatisfação plena e cotidiana não é uma benção sua, é de todas nós, é da natureza feminina, pois é a fonte de mudança e força pacificadora.
Feche os olhos para secar o choro, me dê a mão e sinta o meu abraço forte. Uma noite maravilhosa para todas nós!
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