Os índios querem igualdade. Os negros querem igualdade. Os Gays e Lésbicas querem igualdade. Os pobres querem igualdade. Pais de crianças com síndrome de Down e outras deficiências querem igualdade para seus filhos. Idosos querem igualdade. Obesos querem igualdade.
Os ricos não querem se igualar não.
Cotas. Tem coisa mais racista do que cotas? Cotas para tudo quanto há de minoria.
E a maioria? aliás quem é a maioria?
Maioria são brancos, heteros, que trabalham com carteira assinada, que tem o Nível superior completo? Pelamor! Quem se enquadra?
Se você vive no centro expandido de São Paulo pode ser que encontre muita gente assim. Saia de lá e veja a realidade.
O que querem as classes é privilégios para si e para os seus iguais! Isso é Paradoxo: Busca-se igualdade promovendo diferenças. É ridículo. Ninguém se toca?
Não queria fazer este gancho mas, não consigo parar de pensar naqueles jovens queimando juntos na Boate Kiss.
Foi uma Tragédia sem precedentes. Mas quer exemplo maior de que SOMOS realmente a mesma merda de raça humana diante desta situação?
Ali naquela tragédia irresponsável ninguém era rico, pobre, VIP, Lindo, Feio, Gordo, Magro. Ninguém teve privilégio, ou cotas, ou chance alguma.
Morreram 245 seres humanos jovens, igualmente. Foram TODOS para a vala comum, empilhados em caminhões baús, aguardando reconhecimento do seu corpo num Ginásio de esporte. Sem Glamour.
Quem escapou por sorte ou azar, agora vai conviver com o terror disso para sempre, espero que estas pessoas pelo menos tentem conviver com seus traumas.
Oremos por todos.
Comentário da minha mãe: Acho bastante saudável, o questionamento do meio em que vivemos, isso faz parte
ResponderExcluirdo nosso crescimento intelectual, da maturidade, e do que somos em meio a essa
enormidade de mundo, de coisas, de seres e especialmente de gente que somos nós.
“...é preciso estar atento e forte!...”, entretanto não devemos nos indignar apenas diante
de conceitos e PRÉ conceitos. A raça humana “desenvolveu, evoluiu”, e com isso,
danou-se ..., questionar, criar, fazer, realizar, impor, dominar, falsear, trapacear, faz
parte de cada um de nós. Uns mais que outros; outros nem tanto e uns quase nada,
pois a alienação às vezes é mais cômoda, mais reconfortante.
O fato é que somos diferentes, porem iguais, quando admitimos que os conceitos,
preconceito e o racismo seja decidido e permaneça em nosso meio, nas pessoas que
convivemos, criamos e amamos, ou em nos mesmos.
A lamentável tragédia ocorrida na Boate Kiss, pode parecer incrível, mas já houve
precedentes sim, e nem por isso, criou-se uma maneira responsável de se fazer um
lugar onde pessoas, (filhos, amigos, primos, irmãos ... estudantes, ou não), pudessem
se divertir com segurança e responsabilidade) .
A iniquidade humana, a ambição desmedida, a omissão, a negligência, e porque não
dizer a irresponsabilidade (característica da juventude – NÃO necessariamente), mas de
todos nós, que permitimos que nossos governantes criem normas que não conseguem
fiscalizar, ou pelo menos vistoriar, daquele fiscal que se omitiu quando deveria interditar
um ambiente que deveria ser de diversão e prazer.
Dizer hoje, depois de ceifada 232 vidas, que o “alvará” de funcionamento estava vencido
é muito limitado e não isenta ninguém de responsabilidade. A responsabilidade de
quem vistoriou, quem emitiu esse alvará, quem na oportunidade permitiu que houvesse
apenas uma porta de entrada/saída, permitir que lá permanecesse mais que o dobro
do que caberia, dos proprietários da boate que não souberam, ou negligenciaram a
segurança, é muito pouco.
É preciso rebobinar esse filme, é preciso rever nossos conceitos, e perceber que
fazemos parte de uma sociedade hipócrita, negligente e mesquinha. Somos todos
responsáveis. É preciso que esse gás tóxico que matou todos esses jovens seja inalado
pela consciência de cada um nós, para que possamos repensar a participação e a
responsabilidade de cada um na vida em sociedade.
Devemos questionar sim, cada cabeça pensante, não só em nosso meio, mas em todas
aquelas que influenciam, projetam e determinam nosso destino.